Brasil de vermelho?
- Rodrigo Marques
- 29 de abr.
- 2 min de leitura
A Seleção Brasileira pode usar uniforme vermelho em caráter comemorativo, desde que aprovado pela diretoria da CBF, conforme prevê o estatuto da entidade.
Após a informação de que a segunda camisa da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 não utilizará o tradicional azul — cor presente na bandeira nacional —, o site Footy Headlines revelou, na segunda-feira (28), que o novo modelo será vermelho. A mudança representa uma ruptura significativa com a tradição da equipe canarinho. Embora o tom exato ainda não tenha sido divulgado, o site afirma que as primeiras indicações apontam para “uma base vermelha moderna e vibrante”.

O lançamento oficial está previsto para março de 2026. Além disso, há rumores de que a nova camisa pode estampar o logotipo da Air Jordan — marca de artigos esportivos criada em parceria com o ex-jogador da NBA, Michael Jordan — em colaboração com a fornecedora oficial do uniforme.
A possível mudança gerou controvérsias e levantou dúvidas sobre a legalidade da nova cor. Em muitos clubes ao redor do mundo, os estatutos estabelecem regras específicas sobre os uniformes, incluindo proporções e disposição das cores. O mesmo ocorre com a Seleção Brasileira. O estatuto da CBF determina normas relacionadas aos símbolos da entidade, entre eles, o uniforme oficial.
O artigo 13 do capítulo 3 do estatuto estabelece que os uniformes da Seleção devem obedecer às cores da bandeira do Brasil: verde, amarelo, azul e branco — como ocorre com a camisa amarela titular e a tradicional camisa azul reserva. No entanto, o mesmo artigo permite a criação de uniformes comemorativos em outras cores, desde que aprovados pela diretoria da CBF. O texto, contudo, não especifica claramente quais situações justificariam o uso desses modelos alternativos.
A repercussão não demorou a tomar conta das redes sociais e da imprensa esportiva. O comentarista da CNN Brasil, Michel Bastos — ex-lateral da Seleção que disputou a Copa do Mundo de 2010 — se posicionou contra a mudança. Galvão Bueno, apresentador e ex-comentarista da TV Globo, foi ainda mais contundente, classificando a possível troca do azul pelo vermelho como “um crime”.
A Seleção Brasileira utiliza a camisa azul como segundo uniforme há décadas. No entanto, há precedentes para o uso de cores alternativas: em 2019, a equipe entrou em campo com uniforme branco durante a Copa América, e recentemente utilizou uma camisa preta em uma campanha pontual contra o racismo — essa última como terceira opção de uniforme. A Nike, fornecedora oficial desde 1996, é responsável pela criação do novo modelo. Antes dela, a Seleção já foi vestida por marcas como Umbro, Topper, Adidas e Athleta.


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